sábado, 20 de outubro de 2007
In Rainbows -Radiohead
A arrogância das editoras levou-os a este disco, viaje com In Rainbows quarenta anos após a maior loucura musical de sempre o Sgt.Pepper’s.
Além de desafiar as fronteiras do que é feito actualmente, as canções têm uma nova dimensão.
Este disco é a fusão do melhor de dois mundos .
É um álbum pop,feito a partir do melhor rock alternativo desde o fim da mítica banda de Liverpool.
Depois de um álbum de rock com guitarras The Bends,de um dos melhores álbuns de sempre com uso de guitarras e de synths Ok Computer ,de um álbum com krautrock e free jazz ,digo um álbum ,visto para mim o Kid A e o Amnesiac serem a mesma obra.
Surge então um álbum In Rainbows com um pouco de dois mundos um pouco de art rock de Ok Computer e de krautrock de Kid A ,mas também com um pouco de shoegaze ,algum folk e uma ou outra influência reggae. Este álbum possuí o que de melhor a voz de Thom têm ,mostrando-se neste disco o melhor vocalista da actualidade. Ficam também dissipadas as dúvidas de quem é o melhor guitarrista da actualidade e a prova de que Colin Greenwood é um baixista maravilhoso com linhas de baixo assombrosas e muito bem acompanhadas na bateria por Phil Selway com uma técnica perfeita e um grande jogo de pratos.
Este álbum possuí influências variadas que podem ser audíveis desde: The Beatles, R.E.M , Sigur Rós ,Talking Heads(principalmente na bateria e na qualidade das linhas d baixo), Lee Scratch Perry e Dj Shadow.
Vou agora passar a fazer a critica música a música:
15 Step – Conjunto rítmico (palmas e bateria) a tocar num mundo vazio , a bateria parece oca com o som das baquetas a tocar na bateria.
A guitarra de Jonny toma vida e o baixo magistral de Colin ganha vida , tal como o jogo de pratos de Phil .
Dos 19 aos 40 segundos é possível ouvir o grande jogo de bateria e de palmas ,com a entrada da guitarra de Jonny e a voz de Thom a preencher o vazio que faltava preencher.
Aos 2.05 minutos aquando da frase “Etcetera etcetera” entra uma grande linha de baixo e ao minuto 2.38 uma guitarra ganha vida e um baixo impecável transporta-nos para outra dimensão. Ganha uma chama divina no fim da música.
A música têm a contribuição de efeitos vocais de Ed O’brien.
Bodysnatchers – entrada triunfal de guitarra distorcida nesta música ,conta com os amplificadores bem ligados ,uma batida bem rápida e uma voz acelerada ,a fazer lembrar várias músicas mais antigas de Radiohead como Electioneering.
Passados 2minutos do início entra uma guitarra “jazziríca” de Jonny a mostrar ,porque é “o” grande guitarrista,com uma guitarra acústica a acompanhar e a marcar o ritmo desta infernal música de guitarras em que Colin e Jonny mal podem respirar.
Ao minuto 3.31 a música ganha proporções do mesmo nível que “Just” e a guitarra ganha vida como um instrumento de sopro!
Nude – aqui a voz de Thom mostra o seu génio , a entrada de uma batida suave e de um baixo angelical marca um ritmo perfeito e morno que embala.
Ao entrar no primeiro minuto surge guitarra acústica ,mas aos 1.42minutos a guitarra de Jonny chora e os seus efeitos fazem lembrar Talking Heads.
Entre o 3.00 e o 3.08 a voz de Thom mostra-se com a profundidade que lhe é conhecida
Os arranjos de cordas são de uma qualidade superiora e as qualidades vocais de Thom são audíveis! Faz lembrar Karma Police por uns instantes.
Weird fishes – Bateria a marcar o ritmo , guitarra surpreendente de Jonny ,esta música vai ganhando uma força devido ao uso da electrónica mas principalmente ,devido ao aparecimento da voz de Thom que preenche um vazio .
A letra mais deprimente de Radiohead, mas provavelmente uma das músicas mais bem conseguidas do disco. Jonny recorre ao uso de ondes de martenot lá para o fim da música ,ganhando a música um carácter esplendoroso e um som que parece saído de um filme de ficção cientifica. A guitarra acústica pouco audível entra ao minuto 3.03 e dá um novo semblante à música.
All i need – Música lindíssima desde a entrada de baixo de Colin ,ao piano em crescendo que faz lembrar Sigur Rós e que nos atira para outra dimensão ,a dimensão do mundo dos sonhos e também ao Glockenspiel que foi outrora usado em No surprises.
Uma letra de amor .Ganha um especial relevo o piano em crescendo e a fusão dos sons de baixo e do piano ,bem como o jogo de pratos. Notam-se bem as influências de shoegaze em Radiohead.
Faust Arp – uma música claramente Folk esta música denota uma influência evidente em The Beatles e na música Dear prudence ,mas ao contrário desta junta um pouco dos dois mundos o triste e o alegre .A guitarra acústica é de uma perfeição impressionante e o arranjo de cordas faz o ouvinte chegar à conclusão que está perante uma obra que irá mudar a música. Esta música embala e traz calma.
Reckoner – a pandeireta ganha vida ao parecer que toca num mundo vazio ,sendo também muito bem acompanhada pela bateria e por um grande jogo de pratos bem característico de Phil Selway.Ao minuto 2.27 entra uma guitarra transtornada e desequilibrante a fazer lembrar o melhor de R.E.M.
A voz calma de Thom ,os arranjos de cordas magníficos ,o piano bem audível e um baixo morno com uma bela percussão tornam esta música uma música favorita para todos os fãs, possivelmente será um single ,tal como Faust Arp e Jigsaw e House of Cards.
House of Cards – a música começa com a entrada da guitarra eléctrica e um jogo de bateria calma e viciante , batida calma e muito Reggae ,são claramente as influências de Lee Scratch Perry, a voz de Thom a cantar no meio de uma piscina ou provavelmente no vácuo do espaço dão características espaciais à música .O baixo de Colin é incrível e cola-se à bateria ,pode-se ouvir algo como um reco –reco ao fundo ,não sendo este barulho muito audível ,mas provavelmente tratasse de um reco-reco .
Relevo especial para o que acontece entre 1.58-2.01 minutos.
Canção de amor , no meio de um arco-íris.
Jigsaw – guitarra acústica diabólica ,bem como o jogo de pratos de Phil,aos 16 segundos entra o baixo de Colin um baixo medonho a lembrar Talking Heads que dá uma profundidade fascinante a esta música ,tal como a voz de “rap” de Thom que corre deslumbrante .Ao minuto 2.30 dá-se o aparecimento da guitarra de Jonny que dá outro ritmo e outra magia à música que já de si é diabólica e ganha proporções míticas.
Pede-se um single se faz favor!!!
Videotape – piano infernal ,com a voz de Thom a ficar linda no Binaural recording ,dá mesmo a ideia que está dentro da nossa cabeça a ecoar,aos 27 segundos entra uma linha de baixo do baixista que para mim se mostrou ao mundo com este disco,Colin Greenwood ,temos de esperar pelo minuto 1.19 para a entrada da bateria e do senhor Phil bateria esta que faz lembrar o ritmo cardíaco .
Ao minuto 4.19 dão-se ruídos estranhos de fundo e é audível o ruído de um metrónomo.
Melhor disco de radiohead ,só não vê quem não quer.10 em 10!!!
terça-feira, 9 de outubro de 2007
Radiohead: All I Need- Chicago 6/20/06
aqui está uma das razões ,porque esta banda é a melhor banda do mundo!!!
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